Por Aluizio Moreira
Nasceu em Besançon, França, em 1809. Filho de uma família camponesa, de formação autodidata, aos 29 anos recebeu uma bolsa para estudar em Paris, onde publicou seu primeiro livro, “Que é propriedade?” em 1840 no qaual desenvolveu a concepção de que “a propriedade é um roubo”, enquanto resultado da exploração do trabalho de outros. Esta afirmação teve como consequência a perda da bolso de estudos em Paris.
Em 1846, escreveu “Sistema de contradições econômicas ou Filosofia da miséria” (1) que defendia que a sociedade ideal seria aquela em que o indivíduo têm o controle sobre os meios de produção. Pela publicação dessa obra Proudhon foi processado e posteriormente absolvido, mudando-se para Lyon.
No ano seguinte, volta a Paris fundando o jornal “O Representante do Povo”. Tendo sido durante a Revolução de 1848 (2), eleito deputado para a Assembleia Constituinte.
Como membro da Assembleia lançou diversas propostas revolucionárias, como a fundação de um banco popular, fixar impostos sobre a propriedade privada.
Na época publicou folhetos de tendência mutualista, criticando o centralismo e o autoritarismo, em defesa de uma sociedade sem Estado, sob a gestão de comunas, que dispensaria a direção de um governo.
Após o golpe de Estado de Luis Napoleão em dezembro de 1851(3), por suas duras críticas ao governo, foi mantido preso por 4 anos. Libertado, se refugiou na Bélgica entre os anos 1858 e 1862, criando uma nova polemica com a publicação de seu novo livro “A justiça na Revolução e na Igreja” (1858).
De regresso a Paris, com a saúde debilitada, considerado por muitos autores como o pai do anarquismo moderno, faleceu em Paris em janeiro de 1865 com 56 anos de idade.
Além de suas obras principais, publicou ainda “Advertência aos proprietários” (1842), “Confissões de um revolucionário” (1849), “Ideia geral da Revolução do século XIX” (1851), “O Princípio federativo” (1863), “A capacidade política das classes operarias (1865)
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(1) Karl Marx fez severas críticas a esta obra de Proudhon, com o livro “Miséria da Filosofia”, publicado em 1847
(2) A Revolução de 1848 não ficou restrita à França. De caráter liberal e nacionalista, as revoluções de 1848 congregaram membros da burguesia, nobreza e trabalhadores, em defesa de reformas econômicas e políticas, que abalaram as monarquias europeias. As Revoluções de 1848, além da França, aconteceu na Alemanha, Itália, Áustria e Hungria. Karl Marx comenta a Revolução de 1848 na França, em sua obra “As lutas de classe na França de 1848 a 1850”, escrito em 1850.
(3) Sobre o golpe de Estado de Luis Napoleão (Napoleão III), ver a obra de Karl Marx “O 18 Brumário de Luis Bonaparte”, publicado em 1852.
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