O 1º de maio passado foi marcado por um acontecimento bastante significativo para o PCB pernambucano e especialmente para os trabalhadores em geral, em razão do ressurgimento do Jornal “Folha do Povo”, que durante décadas de circulação (a partir de 1935), esteve sempre à frente das lutas em defesa dos explorados e oprimidos, e pela construção de uma sociedade socialista.
Esperamos que desde vez, “Folha do Povo” tenha vida longa, podendo cumprir o papel que sempre procurou desempenhar junto à sociedade: abrir espaço para discussão, informação, formação de uma consciência critica diante dos fatos colocados pela própria sociedade, mas que acima de tudo possa colaborar para a organização da sociedade civil no processo de construção de um mundo novo.
Fazem parte do seu Conselho Editorial: Nagib Jorge Neto, Roberto Arrais, Jodeval Duarte, Michel Zaidan Filho, Antonio Alves, Délio Mendes, Dionizio Valois, Danúbio Aguiar, Antonio Henrique, Diego Rafael, Anibal Valença, Odon Porto e Alcides Campelo Jr.
Fazem parte do seu Conselho Editorial: Nagib Jorge Neto, Roberto Arrais, Jodeval Duarte, Michel Zaidan Filho, Antonio Alves, Délio Mendes, Dionizio Valois, Danúbio Aguiar, Antonio Henrique, Diego Rafael, Anibal Valença, Odon Porto e Alcides Campelo Jr.
Abaixo transcrevemos o Editorial que marca o ressurgimento da “Folha do Povo”
(Mundo do socialismo)
Editorial
A Folha do Povo ressurge nas lutas de 1º de Maio
A Folha do Povo, jornal do PCB em Pernambuco fazia parte de uma rede de comunicação dos comunistas brasileiros até o seu fechamento pelo golpe que instalou a ditadura civil-militar. Estes comunistas hoje mantêm, em nível nacional, presença nas redes sociais, na internet e através do seu jornal nacional, o “Imprensa Popular.”
O PCB de Pernambuco resolveu voltar a ter o seu jornal e escolheu resgatar o mesmo nome, Folha do Povo, pela sua histórica presença nas lutas dos comunistas e dos trabalhadores do campo e da cidade, desde sua fundação em julho de 1935 até o fechamento em 1964, quando passara a circular com o título de “A Hora”.
O seu primeiro chefe de redação, o escritor e jornalista Rubem Braga, diria, anos mais tarde, que a “Folha do Povo era o jornal mais quebrado do mundo”, se referindo ao processo de repressão, empastelamento e violência que se abatiam, quase sempre, contra o jornal e os colaboradores, muito deles militantes históricos da causa revolucionária e socialista, entre eles, o Rubem Braga, Sindulfo Josué, Ivo Valença, David Capistrano, Adalgisa Cavalcanti, Júlia Santiago, Hiran Pereira e tantas outras figuras de lutadores que fizeram história em nosso Estado e País.
A Folha do Povo se apresenta como uma trincheira de lutas e debates para questionar e discutir criticamente o modelo de desenvolvimento de Pernambuco e do Brasil, que privilegia os grandes grupos econômicos nacionais e internacionais, deixando para os trabalhadores asa migalhas, as políticas compensatórias para fazer diminuir a miséria, ampliando a precarização do trabalho, a perda dos direitos previdenciários, usurpando os direitos a uma aposentadoria digna, destruindo de forma avassaladora os recursos naturais, tornando insuportáveis as condições de urbanidade e de vida nas cidades.
A Folha do Povo se coloca como um canal de comunicação, discussão, formação e informação aos militantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB), e, aos trabalhadores e trabalhadoras, estudantes, artistas, intelectuais e à população em geral.
Decidiu-se relançar a Folha do Povo no dia Internacional dos Trabalhadores, no 1º de Maio, como contraponto ao que é hoje comemorado no Brasil com festas e sorteios, vergonhosamente promovidos pela maioria das organizações e centrais sindicais, com o beneplácito do Estado e de grandes empresários.
Por isso a Folha do Povo cumpre um importante papel político com visão de classe, ao lembrar o significado verdadeiro do 1º de Maio, que é o de confraternização e de impulso à luta internacionalista dos trabalhadores do mundo. Este é um dia para reverenciar os mártires e heróis e todos os que lutam por uma nova sociedade sem a exploração do homem pelo homem.
Aqui lembramos as palavras de um dos mártires de Chicago, August Spies, um dos líderes enforcados, acusado de liderar o movimento das lutas operárias pela jornada de oito horas e por melhores condições de vida e de salários, em 1886, que disse: “Aqui terão apagado uma faísca, mas lá e acolá, atrás e na frente de vocês, em todas as partes, as chamas crescerão.”
A Folha do Povo ressurge como uma faísca da indignação diante da exploração do capital contra a maioria dos trabalhadores, como um instrumento que faça que a chama do novo mundo se espalhe pelas fábricas, pelos campos, pelas cidades, pelas consciências dos jovens, das mulheres, dos oprimidos explorados, que se amplie na luta contra o imperialismo, contra o capitalismo, contra o latifúndio e que se aprofunde na luta pela paz e pelo socialismo. A Folha do Povo é instrumento para divulgar e se alcançar a insígnia de: “Proletários de todo o mundo, uni-vos!” (Karl Marx).
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