domingo, 15 de dezembro de 2019

Educação e Saúde, bastiões da revolução cubana /Medicina em Cuba, uma escola para a solidariedade



Por Pedro Martínez Pírez




Cuba, o primeiro país da América Latina que erradicou o analfabetismo de seu território há 58 anos, prepara-se para iniciar um novo ano escolar, garantindo aos estudantes de todos os níveis a gratuidade da educação.

Mais de um milhão e 700 mil estudantes de educação pré-escolar, primária, secundária e pré-universitária são beneficiados por essa política tradicional da Revolução Cubana nesse próximo ano letivo, ao qual se somam mais 240 mil novos estudantes do Ensino Superior.

A notícia tem maior valor se levarmos em conta que Cuba vem sofrendo um bloqueio econômico, comercial e financeiro criminoso dos Estados Unidos por quase seis décadas, e que se intensificou durante a atual administração de Donald Trump.

Manter em Cuba, nesta difícil situação, uma cobertura universal e gratuita da educação em todos os níveis, assim como os serviços de saúde, confirma a vontade do atual governo de continuar mentendo os pilares da Revolução Cubana, reconhecidos tanto pela UNESCO, Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura como pela OMS, Organização Mundial de Saúde.

O recente aumento salarial de trabalhadores da Educação e da Saúde também serviu para fortalecer os dois bastiões da Revolução Cubana, que igualmente figuram como direitos constitucionais do povo na Carta Magna aprovada este ano em Cuba.

É importante lembrar que 51% do orçamento deste ano em Cuba é dedicado aos serviços de educação e saúde, o que contrasta com a situação enfrentada pelos povos de muitas nações da nossa América nessas áreas.  “As pessoas mais felizes são aquelas com as crianças mais educadas” e “o melhor remédio é aquele que é cauteloso”, disse José Martí, o mais universal dos cubanos. E são essas duas máximas preciosas que apoiam a Educação e a Medicina cubanas. 

FONTE: IELA - Instituto de Estudos Latino-Americanos

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Medicina em Cuba, uma escola para a solidariedade


Por Pedro Martínez Pírez




Nos últimos dias, jovens de várias nações de "Nuestra América" chegaram a Havana para participar de um novo curso na ELAM, a Escola Latino-Americana de Medicina, da qual cerca de quinhentos novos médicos, de 104 países, se formaram em julho passado.

A ELAM, criado pelo comandante Fidel Castro há quase duas décadas, já formou mais de 29 mil médicos de vários continentes, a maioria jovens de famílias humildes do chamado terceiro mundo e também dos Estados Unidos.

Essa já famosa e reconhecida Escola faz parte do amplo programa de saúde através do qual Cuba estende conjuntamente a colaboração médica a numerosos países, onde muitos jovens formados por professores cubanos retornam às suas comunidades para contribuir para a sustentabilidade de seus sistemas de saúde.

A mais recente formatura do ELAM contou com a participação de jovens graduados de vários países e em minha recente visita ao Equador pude entrevistar dois médicos equatorianos que estudaram em Cuba, Fernando Cruz Quishpe e Martí Quevedo Pinos. Eles participaram do ato realizado em Havana e, em seu país, administram a Associação Plurinacional de Estudantes e Graduados em Cuba, que leva o nome de ELOY ALFARO, o velho lutador equatoriano, que governou o país no final do século 19 e início do século 20.

Aos jovens equatorianos que se formaram na ELAM, agradeço-lhes por sua solidariedade às vítimas causada pelo tornado que atingiu diversos municípios de Havana em janeiro passado, e lembro que Eloy Alfaro foi o único presidente de um país da América Latina que  escreveu, em 19 de dezembro de 1895, à rainha regente da Espanha, pedindo a independência de Cuba.

"Amor com amor se paga", dizia o provérbio pronunciado pelo herói da independência cubana José Martí,  com extraordinário sucesso no Teatro Principal da Cidade do México, na noite de 19 de dezembro de 1875, exatamente vinte anos antes do gesto de Eloy Alfaro para Cuba.

Assim que nos parece impossível esquecer ações como as de Eloy Alfaro e as dos jovens doutores equatorianos Fernando Cruz e Martí Quevedo, que também não esquecem a solidariedade de Cuba e o exemplo da ELAM, a escola de medicina latino-americana, centro de altos estudos onde eles e milhares de outros jovens do mundo foram formados.

FONTE: IELA - Instituto de Estudos Latino-Americanos


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